Perto
de uma velha cidade, num velho e maldito pedaço de terra, um casal resolveu ir
para ter alguma intimidade. Eles poderiam ir para casa e fazer isso. Eles
poderiam ir para um motel e fazer isso. Eles queriam adrenalina de fazer isso
fora das quatro paredes.
Beatriz era um pouco tímida, mas
tinha um ar feroz, e quando estimulada respondia de forma intensa e
compensadora. Já Eduardo era um homem aparentemente comum, mas dizem que
aparências enganam, e, neste caso, como enganam.
A estrada de terra que passava
perpendicularmente à rodovia era estreita e muito escura, e apenas a lua e as
estrelas iluminavam o lugar. Era perfeito para aquela noite, pois não ventava e
o clima era agradável. Tudo ótimo para que não realizassem tal ato dentro do
pequeno e desconfortável carro de Eduardo.
Beatriz estava um pouco insegura,
mas quando Eduardo virou-a e beijou-a com agressividade ela começou a se
entregar e em poucos instantes nem lembrava-se mais do desconforto causado pelo
lugar estranho em que se encontravam.
O ritmo envolvente que pairava entre
os dois era surpreendentemente excitante. Suas mãos esfregavam-se em seus
corpos de forma involuntária e suas roupas foram lançadas por cima do capô do
carro. Algumas foram parar no chão. Beatriz estava extasiada, Eduardo sentia-se
como um rei. Ele beijava o pescoço dela e ia descendo, arrancando o sutiã
enquanto acariciava os seis delas, sem delicadeza, apenas ferocidade. Em alguns
minutos eles estavam numa sintonia tão grande que nem perceberam o vento que
começou a chegar por ali. Entre uma chupada e outra de Eduardo, Beatriz ficou
sem roupa alguma, completamente entregue ao desejo sexual. Ela estava
derretida, e ficou ainda mais quando ele começou a passar a língua por sua
virilha, passeando por suas coxas, causando uma ansiedade que ela nunca havia
sentido antes, até que ele finalmente chegou a seu clitóris e fez ela
transbordar numa onda de prazer incalculável. Os movimentos rápidos dele faziam
ela se contorcer, e algumas vezes ela segurava seus cabelos com suas frias mãos
e em seguida arranhava os largos ombros que possuía. Ele continuou até que ela
parecesse exausta, então subiu por seu corpo com leves beijos que destoavam de
toda a ferocidade antes praticada. Ele passeou com a língua nas aureolas dos
seios de Beatriz, a fim de mantê-la excitada, subiu pelo pescoço, parando
quando alcançou a parte posterior de sua orelha. As mãos dela deslizavam pelas
costas de Eduardo, e começaram a abrir suas calças. Ele estava completamente
excitado, ereto, e Beatriz começou a chupá-lo de um modo que ele jamais
esqueceria. Agora ele era a presa, e Beatriz a predadora que ele não imaginava
encontrar. Ela chupava, passeava a língua pelo pau dele, até que ele a jogou em
cima do capô do carro, virou-a de quatro e penetrou violentamente nela. Ela
gemia alto. Ela gemia muito. Não era possível saber se gemia de dor ou de
prazer. Ele fazia movimentos bruscos enquanto penetrava nela, segurando sua
bunda com uma mãe e deflagrando tapas com a outra. Ela pode ter sentido dor no
começo, mas agora só sentia prazer. Então Eduardo virou-a de frente, agora com
movimentos mais suaves, porém não menos excitantes, puxou o corpo dela de modo
que ficassem colados durante o ato sexual que ocorria, chupando o pescoço dela,
alternando com sua orelha e lábios. Ela o mordia entre um movimento e outro,
arranhava suas costas com suas longas unhas e o ouvia suspirar depois de cada
arranhão. Ele não parava, era insaciável, e ela não queria que aquilo parasse.
Não tão cedo.
O forte vento passava por seus
corpos, mas eles nem se importavam. Suas roupas pelo chão eram arrastadas, uma
a uma, mas nada disso importava, só importava o prazer naquele momento. Eduardo
mostrava para Beatriz que fazia o que queria com ela, e ela, por sua vez,
mostrava que estava gostando disso.
Beatriz alcançara o orgasmo mais de
uma vez, e Eduardo acabara de alcança-lo também, então ele voltou a descer o
corpo dela com sua língua quando ela reagiu bruscamente e deixou-o com as
costas coladas no capô do carro. Agora ela era a predadora, novamente. Eduardo
voltou a ficar excitado com esse jogo, e enquanto Beatriz reanimava seu pau,
ele apenas relaxava observando seus lindos seios, balançando entre um movimento
e outro que ela fazia. Ele mal teve tempo de descansar, seu pau já estava ereto
e Beatriz subiu no capô e começou a nova transa. Ela subia e descia enquanto
Eduardo segurava seus peitos. Ele ficou fascinado com os seios dela, pois não
tivera reparado que eram tão perfeitos, com as aureolas rosadas. Ele ficou
contemplando a beleza dela, já que agora ela fazia todo o serviço. Ela
ferozmente subia e descia, e parecia estar sentindo ainda mais prazer do que
antes. O prazer de abater uma presa. Os olhos dela brilhavam como fogo,
intensos, enquanto ele acabara de fechar os olhos. Ela deu um tapa no rosto
dele enquanto dizia “não pare de me olhar!”, e ele parecia ter se tornado uma
criança na mão de uma profissional. Ela tinha sagacidade, arranhava o peitoral
dele e subia e descia com perfeição. Eduardo gozou.
Beatriz desceu do capô, e foi
procurar suas roupas. Eduardo estava desnorteado, mal entendia pelo que foi
atingido naquela hora. Ele começou a sentir o vento gelado batendo em seu corpo
nu, então decidiu pegar suas roupas. Ela já estava quase vestida, e ele não
conseguia parar de olhar para ela. Beatriz virou-se para ele e disse “você não
vai se vestir? Eu tenho que ir embora”, então ele começou a procurar suas
roupas, mas não achava sua camisa. As peças estavam espalhadas pela estrada,
mas mesmo depois de procurar ele não conseguia encontrá-la. “Vamos embora”,
disse Beatriz, “você deve ter outras camisas na sua casa”.
Eles partiram dali, sem a camisa e
sem dizerem uma palavra. Eduardo levou-a até a frente do bar onde se conheceram
mais cedo. “Obrigada pela noite”, disse ela. “Você poderia me passar seu
telefone? Eu gostaria de repetir a dose, um outro dia...”, disse ele.
“Mantenhamos isso casual. A gente se vê”, disse ela, enquanto caminhava para
longe do carro.
Eduardo
foi para sua casa, sentindo que teve uma das melhores noites de sua vida, e
talvez a melhor transa. Beatriz entrou em seu carro que estava no
estacionamento do bar, abriu sua bolsa, retirou a camisa desaparecida de
Eduardo.
Augusto Tontini Triana
Nenhum comentário:
Postar um comentário