segunda-feira, 13 de janeiro de 2020

Rotina.

Acordo cedo toda manhã com um objetivo simples de sair e caminhar pelo menos uns 5 km antes de começar qualquer outra coisa que possa fazer sentido dentro do meu dia. Eu caminho, fotografo, leio, escrevo. Andar não precisa ser só percorrer caminhos. É importante aproveitar o caminho também.

Minha mente está num estado de total absorção de conhecimento. Quero novos horizontes, mas não dos viveres, estes eu adquiro com o caminho e aproveitando-o. Quero conhecimento que direcione meus fazeres aquilo que amo.

E sobre conhecer, amar, fazer e chegar a algum lugar, eu penso dia após dia. Confirmar minhas metas pra daqui um ano, dois anos, cinco anos, dez anos; isso se tornou parte da rotina. Terminar graduação, trabalhar para poder continuar estudando. Quem sabe daqui 10 anos eu possa estar na terceira graduação? Quem sabe eu possa estar num mestrado, doutorado? Quem sabe eu possa ter largado tudo pela arte, outra vez, por uma grande chance? Tudo isso faz parte dos meus planos e segue junto de mim.

Eu ando, pelos breves 5 km, pensando muito sobre meu momento atual, pesando valores e dizeres, caráter e fazeres, respeito e maldizeres. Percebo que o caminho não é suficiente para destilar toda filosofia que permanece na questão, mas que me ajuda a ver outras questões favoráveis e desfavoráveis.

Como dias que passam enquanto eu fico largado em meu quarto, delirando entre sonhos e tristezas, entre o sono e o desperto sofrimento do pensar demais; como nesses dias eu me sinto também nos outros quando saio de minha caverna e tento ver outra vez o mundo real. mundo real que tentou matar meus sonhos, com suas perversas pessoas que me fazem desacreditar numa possibilidade de amanhã melhor. mas eu continuo arrastando a porra da minha alma pra chegar em algum lugar. Eu chego sem alma, mas não fico aqui.

A odiosa natureza humana quer me fazer perder a fé naquilo que chamamos de humanidade. Mas esta tão odiosa natureza se esqueceu que eu também sou afetado por ela, sou parte dela, e eu tenho tanto poder quanto qualquer outro. A diferença é que eu tenho inúmeras formas de usá-los. A diferença é que eu estou muito determinado quanto ao que quero. A diferença é que todo esse ódio e essa insanidade, se bem usados, vão me fazer sentir o doce gosto de uma vingança que nem os seus maiores pesadelos poderiam imaginar. E o melhor é que eu farei tudo por mim. E estarei trilhando meu caminho e realizando desejos íntimos, que antes alguns me desanimaram, mas que agora vai se tornar realidade dia após dia.

Festina lente.

Caminho, devagar, mas meu destino é certo.

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